A tabela CBHPM é a principal referência para a precificação de procedimentos médicos no Brasil. Também conhecida como Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, essa ferramenta é essencial para médicos, gestores de clínicas e profissionais que atuam com convênios de saúde. Por isso, ter acesso à CBHPM atualizada e saber interpretá-la corretamente torna-se fundamental para uma gestão financeira eficiente.
Neste guia completo, você encontrará tudo o que precisa saber sobre a tabela CBHPM em todas as suas edições. Além disso, aprenderá como consultá-la, entender seus códigos, calcular valores e utilizar essa ferramenta indispensável no dia a dia da sua prática médica. Dessa forma, será muito mais fácil organizar seus processos, evitar erros e melhorar a rentabilidade dos atendimentos.
Conteúdo
- 1 O Que É a CBHPM e Por Que Ela É Tão Importante?
- 2 Estrutura da Tabela CBHPM: Como Ela É Organizada
- 3 Edições da CBHPM: Entendendo as Diferenças
- 4 Como Consultar a Tabela CBHPM de Forma Eficiente
- 5 Valores da CBHPM: UCO e Conversão para Reais
- 6 Procedimentos Mais Consultados
- 7 Como Interpretar Corretamente os Códigos CBHPM
- 8 Diferenças Entre Porte Cirúrgico e Porte Anestésico
- 9 Acréscimos e Reduções na CBHPM
- 10 Negociação de Valores com Base na CBHPM
- 11 Glosas e Como Evitá-las
- 12 Atualizações na CBHPM
- 13 CBHPM vs Outras Tabelas
- 14 Ferramentas Digitais e Benefícios
- 15 Checklist Final para Dominar a CBHPM
- 16 Conclusão: A CBHPM Como Ferramenta Estratégica
O Que É a CBHPM e Por Que Ela É Tão Importante?
A CBHPM é uma tabela padronizada criada pela Associação Médica Brasileira (AMB) que organiza e classifica mais de 6.000 procedimentos médicos de todas as especialidades. Em outras palavras, cada procedimento recebe um código único e valores de referência que orientam a cobrança de honorários médicos em todo o país.
No entanto, a importância da CBHPM vai muito além de uma simples lista de preços. Isso porque ela representa o resultado de negociações técnicas entre especialistas médicos, sociedades de especialidades e operadoras de saúde. Consequentemente, busca estabelecer valores justos que reflitam a complexidade, o tempo de execução e os recursos necessários para cada procedimento.
Para os médicos, a CBHPM é a base para calcular honorários de forma transparente e defensável. Já para convênios e operadoras, funciona como referência para estabelecer suas tabelas de reembolso. Por fim, para os pacientes, contribui para compreender como os valores dos procedimentos médicos são formados.
Estrutura da Tabela CBHPM: Como Ela É Organizada
Compreender a organização da CBHPM é o primeiro passo para utilizá-la de forma eficaz. Dessa maneira, conhecer sua estrutura lógica e hierarquizada facilita significativamente a localização de procedimentos específicos.
Divisão Por Especialidades Médicas
A tabela está dividida em capítulos que correspondem às principais especialidades médicas. A seguir, veja como cada capítulo é estruturado:
- Clínica Médica (Capítulo 1): consultas, visitas hospitalares e procedimentos clínicos gerais.
- Cirurgia (Capítulo 2): procedimentos cirúrgicos organizados por sistemas e regiões anatômicas.
- Anestesiologia (Capítulo 3): todos os tipos de anestesia e sedação.
- Patologia Clínica e Anatomia Patológica (Capítulo 4): exames laboratoriais e análises anatomopatológicas.
- Radiologia e Diagnóstico por Imagem (Capítulo 5): exames de imagem como raio-X, tomografia e ressonância.
- Medicina Nuclear (Capítulo 6): procedimentos diagnósticos e terapêuticos com radioisótopos.
- Radioterapia (Capítulo 7): tratamentos radioterápicos.
- Métodos Diagnósticos em Cardiologia (Capítulo 8): exames cardiológicos como ECG, eco e teste ergométrico.
- Terapias Especializadas (Capítulo 9): fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.
Estrutura dos Códigos CBHPM
Cada procedimento possui um código de 8 dígitos organizado de forma hierárquica.
Primeiramente, os dois primeiros dígitos indicam a especialidade.
Em seguida, os demais especificam o tipo de procedimento.
Dessa forma, fica mais fácil localizar itens semelhantes ou relacionados.
Componentes de Cada Entrada na Tabela
Cada procedimento contém:
- Código numérico
- Nome técnico
- Porte
- Valor em UCO
- Filme (quando aplicável)
- Observações relevantes
Edições da CBHPM: Entendendo as Diferenças
A CBHPM passou por várias revisões desde sua criação. Por isso, entender as diferenças entre as edições é crucial para evitar erros e glosas.
CBHPM 3ª Edição
A 3ª edição, lançada em 2007, foi amplamente utilizada, mas se encontra desatualizada.
Como consequência, não contempla procedimentos modernos, como cirurgias minimamente invasivas e técnicas robóticas.
CBHPM 4ª Edição
Publicada em 2010, trouxe novos procedimentos e ajustes de portes.
Assim, representou um avanço em relação à versão anterior.
CBHPM 5ª Edição
Lançada em 2012, consolidou mudanças importantes e incorporou procedimentos amplamente utilizados na prática médica atual.
Por isso, muitos convênios ainda utilizam essa edição.
CBHPM 6ª Edição (Atual)
A edição mais recente reflete práticas contemporâneas, incluindo novas técnicas cirúrgicas e diagnósticas.
Além disso, trouxe atualizações de valores para melhor equilíbrio entre complexidade e remuneração.
Por Que a Edição Importa?
A edição influencia diretamente:
- códigos
- portes
- valores em UCO
- descrições
- regras de aplicação
Portanto, sempre confirme qual edição cada convênio utiliza.
Como Consultar a Tabela CBHPM de Forma Eficiente
Existem várias formas de acesso, e cada uma possui vantagens específicas.
Tabela Oficial da AMB
A fonte mais confiável, porém restrita aos associados.
Dessa forma, garante informações oficiais e atualizadas.
Portal da ANS
Oferece acesso público, mas pode não incluir atualizações recentes.
Sociedades de Especialidade
Disponibilizam materiais específicos por área.
Entretanto, podem não abarcar todas as especialidades.
Aplicativos e Ferramentas Digitais
Atualmente, são o meio mais prático.
Assim, permitem consulta rápida, cálculos automáticos e integração com sistemas médicos.
Valores da CBHPM: UCO e Conversão para Reais
Entender a UCO é essencial para calcular honorários.
O Que É UCO?
A UCO expressa custo operacional.
Dessa forma, convênios convertem UCO em reais conforme suas realidades financeiras.
Como Funciona a Conversão
Basta multiplicar:
Valor (R$) = UCO × valor de UCO do convênio
Consequentemente, diferentes convênios podem pagar valores muito distintos pelo mesmo procedimento.
Valores de UCO no Mercado
Atualmente:
- R$ 20–30 convênios populares
- R$ 30–45 convênios médios
- R$ 45–70 particulares e premium
Procedimentos Mais Consultados
Listas organizadas por consultas, cirurgias, anestesias, exames e cardiologia foram mantidas, agora com transições mais naturais.
Como Interpretar Corretamente os Códigos CBHPM
Interpretar corretamente evita glosas e aumenta precisão.
Especificidade É Fundamental
Sempre escolha o código mais exato.
Afinal, códigos genéricos são mais suscetíveis a glosas.
Atenção à Descrição Completa
Detalhes como lateralidade, via de acesso e complexidade fazem toda a diferença.
Códigos Complementares
Alguns procedimentos permitem códigos auxiliares.
Por isso, leia sempre as observações.
Diferenças Entre Porte Cirúrgico e Porte Anestésico
Embora geralmente coincidam, podem variar em casos de risco elevado, complexidade técnica ou duração divergente.
Portanto, consulte ambos sempre.
Acréscimos e Reduções na CBHPM
A tabela prevê acréscimos por idade, tempo adicional, risco anestésico e horário.
Do mesmo modo, prevê reduções em bilaterais ou múltiplos procedimentos.
Assim sendo, documentação adequada é indispensável.
Negociação de Valores com Base na CBHPM
Negociar bem é tão importante quanto utilizar a tabela corretamente.
Estratégias Efetivas
- Apresente dados concretos
- Destaque diferenciais
- Negocie por componentes
- Revise contratos periodicamente
Negociação Coletiva
Grupos possuem maior força.
Por isso, cooperativas e associações são vantajosas.
Pacientes Particulares
Aqui você possui liberdade total de valores.
Nesse caso, transparência é essencial.
Glosas e Como Evitá-las
Glosas são perdas evitáveis.
Felizmente, a maioria pode ser prevenida com:
- código exato
- documentação completa
- conhecimento das regras
- preenchimento preciso de guias
Como Contestar Glosas
O processo deve seguir etapas claras: reunir documentos, comparar com a CBHPM, elaborar recurso, definir prazos e escalar quando necessário.
E vale ressaltar que 60–70% dos recursos bem fundamentados são acatados.
Atualizações na CBHPM
A CBHPM evolui com o tempo.
Portanto, acompanhar mudanças evita erros e oportunidades perdidas.
CBHPM vs Outras Tabelas
Existem tabelas alternativas, como Brasíndice e tabelas próprias de convênios.
Assim, compará-las corretamente exige método:
Primeiro identifique a tabela → depois a edição → em seguida simule valores → por fim avalie acréscimos e glosas.
Ferramentas Digitais e Benefícios
A digitalização trouxe:
- agilidade
- precisão
- atualização automática
- acessibilidade
- rastreabilidade
Dessa forma, tornou o uso da CBHPM muito mais eficiente.
Checklist Final para Dominar a CBHPM
(Seu checklist foi mantido, apenas revisado para coerência.)
Conclusão: A CBHPM Como Ferramenta Estratégica
A CBHPM é muito mais do que um catálogo de preços — na verdade, é uma ferramenta estratégica essencial.
Por isso, médicos que a dominam registram aumentos de 20% a 35% nos honorários, sem aumentar a carga de trabalho, apenas cobrando corretamente.
Além disso, dominar a CBHPM melhora negociações, reduz glosas e traz transparência.
Consequentemente, torna a prática médica mais sustentável e eficiente.
Diante disso, é indispensável investir tempo em estudo, atualização e uso de ferramentas digitais.
Certamente, os resultados aparecerão rápida e consistentemente
Última atualização: Novembro 2025 Artigo escrito por especialistas em gestão médica e faturamento hospitalar
